Tânia Ferrari Sidor
Psicóloga CRP 08/15988.
Ao longo desses anos, a internet vem ganhando espaço e o uso exacerbado ou inadequado dessa ferramenta têm gerado desconforto e prejuízos para o ser humano em geral. Aos poucos vamos perdendo nossas relações presenciais e vamos cada vez mais dando espaço para o mundo dos aparelhos.
A tecnologia ganhou um espaço no mundo, e hoje estamos o tempo todo conectados com pessoas do outro lado do mundo. No entanto, esse avanço tecnológico, também trouxe algumas questões a serem refletidas, sobre crianças e adolescentes em uma situação de distanciamento das famílias.
O avanço e a comodidade em se conectar com o mundo facilitou a inserção dos adolescentes e até mesmo das crianças nesse mundo virtual, em contrapartida dificultou a comunicação entre pais e filhos. O diálogo com os filhos tem ficado cada vez mais curto ou esporádico, já que o tempo todo, crianças e adolescentes estão em busca de informações ou interações virtuais que nem sempre são saudáveis. Acabam por gastar horas e horas em jogos eletrônicos e redes sociais, que muitas vezes nada acrescenta.
Em contrapartida os pais também usam essa ferramenta como forma de “entretenimento” para os filhos, ou para suprir uma ausência ou até mesmo preencher um tempo livre. É importante observar, no entanto que ao longo do tempo, as relações vêm se perdendo, e a dinâmica familiar vem passando por transformações, assim pais e filhos estão conectados por um smartphones, por exemplo, mas não com a mesma intensidade no contato físico, estamos falando de relações frias, vazias, sem afeto e sem um diálogo.
No entanto não podemos “culpabilizar” exclusivamente a tecnologia por esse afastamento, mas sim questionar-se como estamos construindo nossas relações de afeto e amor. Em que momento da rotina deixou-se de priorizar algumas coisas essenciais, para vivermos acorrentados a uma vida atarefada de compromissos e atrasos, de comodismo e até mesmo de modismo.
Referências Bibliográficas
GOMIDE, Paula Inez Cunha. Pais presentes e pais ausentes. Rio de Janeiro, 2004.
SCOTT, J. W. Gênero: Uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, v. 20, n. 2, 1995.
TIBA, Içami. Quem ama, Educa. São Paulo: Gente, 2002.